[:pb]Com informações da Abrasco

Luis Eugenio de Souza, professor do Instituto de Saúde Coletiva (ISC/UFBA) e presidente da Abrasco (2012-2015), foi escolhido como vice-presidente/presidente-eleito da WFPHA, a Federação Mundial de Associações de Saúde Pública (World Federation of Public Health Associations), no dia 9 de junho. A Assembleia da Federação foi realizada pela primeira vez de forma virtual, por conta da pandemia do coronavírus. Na mesma ocasião, assumiu a presidência da WFPHA Walter Riciardi (Università Cattolica del Sacro Cuore – Rome), que era vice-presidente desde 2018.

Em seu discurso de saudação, Luis Eugenio destacou que vivemos tempos difíceis diante da pandemia que já infectou mais de 7 milhões de pessoas em todo o mundo e tirou a vida de mais de 400 mil. Entretanto, os tempos, segundo o professor, são difíceis não somente pela pandemia. A crise climática, os conflitos armados que tiram milhares de vidas ao redor do mundo e as imensas desigualdades sociais também foram citados como questões que agravam o cenário no campo da saúde em todo mundo. Além disso, a concentração de renda, com 2.153 bilionários do mundo possuindo mais riqueza do que 4,6 bilhões de pessoas e o ascenso de governos autoritários de extrema-direita apontam graves retrocessos democráticos, inclusive no Brasil.

E diante deste difícil cenário global, Luis Eugenio destacou que a saúde pública é um espaço privilegiado para enfrentar os desafios: “Trata-se de um campo de produção de conhecimento focado na compreensão da saúde e seus determinantes, além de um conjunto de práticas direcionadas à proteção e promoção da saúde e também à prevenção e ao tratamento de doenças, tendo como objeto não apenas indivíduos, mas a coletividade”.

Dentre os desafios globais, a necessidade de fortalecer uma Força Tarefa Global sobre Equidade em Saúde, que atue junto à OMS e à ONU, foi destacada como elemento fundamental para a atual conjuntura, com a WFPHA em um papel de liderança. Por fim, foi apontada a importância de fortalecimento dos mecanismos de governança e do financiamento da entidade para que a mesma consiga ampliar sua atuação em defesa da saúde pública e da justiça social em todo o mundo.[:en]With information from Abrasco

Luis Eugenio de Souza, professor at the Collective Health Institute (ISC / UFBA) and president of Abrasco (2012-2015), was chosen as vice president / president-elect of WFPHA, the World Federation of Public Health Associations ( World Federation of Public Health Associations ), on June 9th. The Federation Assembly was held for the first time virtually, due to the coronavirus pandemic. On the same occasion, Walter Riciardi (Università Cattolica del Sacro Cuore – Rome), who was vice president since 2018, took over the presidency of the WFPHA.

In his greeting speech, Luis Eugenio pointed out that we are living in difficult times in the face of the pandemic that has already infected more than 7 million people worldwide and taken the lives of more than 400 thousand. However, times, according to the professor, are difficult not only due to the pandemic. The climate crisis, the armed conflicts that take thousands of lives around the world and the immense social inequalities were also cited as issues that aggravate the scenario in the field of health worldwide. In addition, the concentration of income, with 2,153 billionaires in the world possessing more wealth than 4.6 billion people and the rise of authoritarian far-right governments point to serious democratic setbacks, including in Brazil.

And given this difficult global scenario, Luis Eugenio pointed out that public health is a privileged space to face challenges: “It is a field of knowledge production focused on understanding health and its determinants, in addition to a set of practices directed to the protection and promotion of health and also to the prevention and treatment of diseases, having as an object not only individuals, but the community ”.

Among the global challenges, the need to strengthen a Global Task Force on Equity in Health, which works with WHO and the UN, was highlighted as a fundamental element for the current situation, with WFPHA in a leadership role. Finally, it was pointed out the importance of strengthening the entity’s governance and financing mechanisms so that it can expand its activities in defense of public health and social justice worldwide.[:es]Con información de Abrasco

Luis Eugenio de Souza, profesor del Instituto de Salud Colectiva (ISC / UFBA) y presidente de Abrasco (2012-2015), fue elegido vicepresidente / presidente electo de WFPHA, la Federación Mundial de Asociaciones de Salud Pública ( Federación Mundial de Asociaciones de Salud Pública ), el 9 de junio. La Asamblea de la Federación se celebró por primera vez virtualmente, debido a la pandemia de coronavirus. En la misma ocasión, Walter Riciardi (Università Cattolica del Sacro Cuore – Roma) asumió la presidencia de la WFPHA, que ha sido vicepresidenta desde 2018.

En su discurso de bienvenida, Luis Eugenio señaló que estamos viviendo tiempos difíciles frente a la pandemia que ya ha infectado a más de 7 millones de personas en todo el mundo y ha quitado la vida a más de 400 mil. Sin embargo, según el profesor, los tiempos son difíciles no solo por la pandemia. La crisis climática, los conflictos armados que se cobran miles de vidas en todo el mundo y las inmensas desigualdades sociales también se mencionaron como problemas que agravan el escenario en el campo de la salud en todo el mundo. Además, la concentración de ingresos, con 2,153 multimillonarios en el mundo que poseen más riqueza que 4,6 mil millones de personas y el surgimiento de gobiernos autoritarios de extrema derecha señalan serios reveses democráticos, incluso en Brasil.

Y ante este difícil escenario global, Luis Eugenio señaló que la salud pública es un espacio privilegiado para enfrentar desafíos: “Es un campo de producción de conocimiento enfocado en comprender la salud y sus determinantes, además de un conjunto de prácticas dirigidas a la protección y promoción de la salud y también a la prevención y el tratamiento de enfermedades, teniendo como objeto no solo a los individuos, sino a la comunidad ”.

Entre los desafíos globales, se destacó la necesidad de fortalecer un Grupo de Trabajo Global sobre Equidad en Salud, que trabaja con la OMS y las Naciones Unidas, como un elemento fundamental para la situación actual, con la WFPHA en un papel de liderazgo. Finalmente, se señaló la importancia de fortalecer los mecanismos de gobernanza y financiamiento de la entidad para que pueda expandir sus actividades en defensa de la salud pública y la justicia social en todo el mundo.[:]