Foto: Reprodução/The Guardian

[:pb]Depois de ser destaque em diversos jornais do Brasil na semana passada, a pesquisa realizada pelo Instituto de Saúde Coletiva da UFBA, que relaciona o estudo de dengue e zika, ganha espaço agora na imprensa internacional. O trabalho é manchete do jornal britânico “The Guardian” e na rádio BBC – Londres.

Feita em colaboração com a Fiocruz Bahia e outros parceiros internacionais, como a Escola de Saúde Pública da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, a pesquisa é a primeira a avaliar e demonstrar que a imunidade à dengue pode proteger contra uma infecção por zika. O estudo foi publicado na Science, uma das revistas acadêmicas mais prestigiadas do mundo, no dia 7 de fevereiro.

O “The Guardian” aponta a relevância do estudo citando o surto de zika no Brasil em 2015 e que deixou mais de 3.000 bebês com microcefalia no país. O pesquisador Federico Costa, professor do Instituto de Saúde Coletiva da UFBA, disse na entrevista ao jornal que essa foi a primeira vez que os cientistas puderam realizar testes em uma população humana específica antes e depois de um surto.

O “The Guardian” também destaca que, na época, o zika ainda era desconhecido no Brasil e, muitas vezes, era diagnosticado erroneamente como dengue. Já a BBC – Londres chamou atenção para o crescimento do número de casos de dengue em escala mundial, em especial, na Índia.

Os pesquisadores acompanharam 1.453 moradores do bairro de Pau da Lima, em Salvador, entre os meses de março e outubro de 2015. Os dados mostram que cerca de 73% das pessoas investigadas contraíram zika durante o período de surto da doença. Mas houve redução de contágio em até 25% entre aqueles que desenvolveram anticorpos após uma infecção anterior de dengue. Em alguns subgrupos, esse percentual chegou a 44% no índice de redução.

Para acessar a matéria completa do “The Guardian”, clique neste link.

Para ouvir a entrevista completa à rádio BBC -Londres, clique neste link.[:]