[:pb]Bruno C. Dias, da ABRASCO, com informações da Capes (texto editado)

Em cerimônia realizada em 13 de dezembro, em Brasília, 49 teses de doutorado receberam o Prêmio Capes de Teses – edição 2018, sendo três destas eleitas como produções representativas das grandes áreas do conhecimento. O vencedor na área de Saúde Coletiva foi Leonardo Henriques Portes, do Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (PPGSP/ENSP/Fiocruz) pela tese ” A política de controle do tabaco no Brasil de 1986 a 2016: contexto, trajetória e desafios”.

A pesquisa de Leonardo buscou apresentar um novo marco para a análise das políticas públicas voltadas para o controle do tabaco. No mestrado ele já havia trabalhado com a prevenção ao tabagismo e, para o doutorado, apresentou um projeto de pesquisa de maior fôlego, utilizando conceitos de análise de políticas públicas como o institucionalismo histórico, além do instrumental da economia e das políticas de saúde. “Fui definindo como a política do controle de tabaco brasileira tem um limite histórico de longa data no Brasil, desde a década de 1960, mas ganhou uma força maior no final dos anos 1980, chegando até os anos atuais”, como relata em entrevista concedida à Capes, escolhendo, para isso, a análise da trajetória das políticas, dos atores, das arenas, bem como os conflitos de interesses e relações de poder envolvidos. A orientação foi de Cristiani Vieira Machado, com co-orientação de Silvana Rubano Barretto Turci.

Graduado em Fisioterapia pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), e mestre pela mesma instituição, Leonardo identificou-se com a atenção básica ainda no início dos estudos superiores, optando por direcionar seu caminho profissional e acadêmico para trabalhar e estudar nesse segmento

Além da premiação da pesquisa de Leonardo, a área da Saúde Coletiva concedeu menção honrosa às teses de Sérgio Xavier de Camargo, aluno do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e de Suane Felippe Soares, do Programa de Pós-Graduação em Bioética, Ética Aplicada e Saúde Coletiva (consórcio UFRJ , UFF e Fiocruz).

Criado em 2005 e entregue pela primeira vez em 2006, por ocasião das comemorações do 55º aniversário da agência, o Prêmio Capes de Tese reconhece os melhores trabalhos de doutorado defendidos em programas nacionais de pós-graduação, buscando ampliar a visibilidade da ciência brasileira. O número de teses inscritas subiu de 228, em 2006, para 939, em 2018.[:]