Foto: Arquivo EBC

[:pb]Com informações de Lucas Faria, da Rádio Nacional

Trinta e três por cento das instituições psiquiátricas do país têm denúncias graves de violação dos direitos humanos. Grande parte são casos de estupro e violência de gênero. Os dados foram apresentados pela PGT, Procuradoria Geral do Trabalho, junto com o Conselho Federal de Psicologia, e fazem parte do relatório nacional de inspeção dos hospitais psiquiátricos, que visitou 40 unidades de saúde mental do país em 2018.

Em 82% das instituições inspecionadas pelo governo, foram encontrados pacientes com internações de longa permanência. Em um dos casos citados pela PGT, uma idosa de 106 anos estava internada no mesmo local há mais de 60 anos.

De acordo com Lúcio Costa, perito do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, esse tipo de situação não é permitida por lei. O presidente do Conselho Federal de Psicologia, Rogerio Gianinni, explica que as políticas públicas para evitar a internação já existem.

Também foi verificado que, em todas as instituições, houve pelo menos um caso de perda de direitos básicos do cidadão. Em 45% das unidades, não há itens básicos de higiene pessoal, 62% não têm alimentação adequada ou suficiente, e 40% privam o paciente de se comunicar com familiares.

Em casos mais graves, como estupro e violência física, serão comunicados às autoridades estaduais e federais, para apuração das denúncias.[:en]With information from Lucas Faria, from Rádio Nacional

Thirty-three percent of the country’s psychiatric institutions have serious allegations of human rights violations. Most are cases of rape and gender violence. The data were presented by PGT, the Attorney General’s Office, along with the Federal Council of Psychology, and are part of the national inspection report of psychiatric hospitals, which visited 40 mental health units in the country in 2018.

In 82% of government-inspected institutions, patients with long-term hospitalizations were found. In one of the cases cited by PGT, a 106-year-old woman had been in the same place for over 60 years.

According to Lúcio Costa, expert of the National Mechanism for the Prevention and Combat of Torture, this type of situation is not allowed by law. The president of the Federal Council of Psychology, Rogerio Gianinni, explains that public policies to prevent hospitalization already exist.

It was also found that in all institutions there was at least one case of loss of basic citizen rights. In 45% of the units, there are no basic personal hygiene items, 62% do not have adequate or sufficient food, and 40% deprive the patient of communicating with family members.

In more serious cases, such as rape and physical violence, they will be reported to state and federal authorities for investigation.[:es]Con información de Lucas Faria, de Rádio Nacional

El treinta y tres por ciento de las instituciones psiquiátricas del país tienen serias denuncias de violaciones de derechos humanos. La mayoría son casos de violación y violencia de género. Los datos fueron presentados por PGT, la Oficina del Fiscal General del Trabajo, junto con el Consejo Federal de Psicología, y son parte del informe de inspección nacional de hospitales psiquiátricos, que visitó 40 unidades de salud mental en el país en 2018.

En el 82% de las instituciones inspeccionadas por el gobierno, se encontraron pacientes con hospitalizaciones a largo plazo. En uno de los casos citados por PGT, una mujer de 106 años estuvo en el mismo lugar durante más de 60 años.

Según Lúcio Costa, experto del Mecanismo Nacional para la Prevención y el Combate de la Tortura, este tipo de situación no está permitida por ley. El presidente del Consejo Federal de Psicología, Rogerio Gianinni, explica que las políticas públicas para prevenir la hospitalización ya existen.

También se encontró que en todas las instituciones había al menos un caso de pérdida de los derechos ciudadanos básicos. En el 45% de las unidades, no hay artículos básicos de higiene personal, el 62% no tiene alimentos adecuados o suficientes, y el 40% priva al paciente de comunicarse con los miembros de la familia.

En casos más graves, como violación y violencia física, se informarán a las autoridades estatales y federales para su investigación.[:]